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Riscos 


Entender o risco do mercado de renda variável é parte importante do processo de investimento. Nesta seção serão apresentados os tipos de riscos para o mercado de renda variável em ações, opções, futuros e o risco geral da alavancagem.

A priori, existem riscos gerais dos ativos negociados na bolsa de valores: risco de liquidez e risco de execução.

O risco de liquidez refere-se à possibilidade de o investidor não conseguir liquidar sua posição em bolsa de valores. Por exemplo, o investidor que possuir determinada quantidade de ações, pode enfrentar dificuldade em vender todas as ações que possui, ou para vender tudo que deseja deve vender a um preço muito abaixo pelo praticado pelo mercado.

O risco de liquidez pode ser mitigado pelo investidor ao optar por investir em empresas cujas ações possuam maior liquidez, ou seja, cujo volume financeiro médio negociado por dia supera com boa folga o valor a ser negociado pelo investidor.

O risco de negociação refere-se a dificuldades técnicas que impeçam o investidor de realizar o negócio no preço e horário desejado. São exemplos de impedimentos, problemas de ordem técnica na corretora, na bolsa e na internet como um todo.

O risco de negociação pode ser mitigado pelo investidor ao utilizar internet de banda larga com conexão estável e sem impedimentos de troca de dados com o servidor da corretora. Também é importante manter contato telefônico com a corretora para eventuais dificuldades técnicas na plataforma de negociação da corretora.

Riscos do Mercado de Ações

Os riscos do mercado de ações são os tipos de riscos existentes nas operações das empresas que representam composto pelos riscos sistêmicos e não-sistêmicos.

O risco sistêmico é o risco presente em todo o tipo de investimento, devido a características globais de risco, como o risco-país, risco inflação e risco de confiança. Todos os investimentos sofrem efeito direto na alteração dos fatores destes riscos, portanto, ao investir está-se sujeito ao risco sistêmico.

O risco não-sistêmico é o risco específico de um determinado investimento, no mercado de ações. São riscos não-sistêmicos típicos das empresas: o risco legal, o risco de crédito, o risco operacional e o risco de mercado.

O risco legal é o risco de alterações na legislação afetarem negativamente ou positivamente o valor das ações de uma empresa.

O risco de crédito é o risco da empresa não conseguir honrar seus compromissos financeiros por problemas como o descasamento no planejamento do seu fluxo de caixa.

O risco de mercado é o risco de a empresa sofrer alterações na avaliação de seus ativos que afetem negativamente ou positivamente o valor das ações dela.

O risco operacional refere-se a eventuais falhas na execução da operação da empresa, como falhas humanas, erros causados por má avaliação de riscos e catástrofes naturais que possam afetar as operações da empresa.

Para mitigar estes riscos o investidor deve acompanhar regularmente o valor de suas ações e adequar suas decisões de investimento ao seu perfil, observando a volatilidade das ações que possui e das ações que pretende possuir. Cabe ao investidor também acompanhar as informações de mercado sobre ações de empresas que possui.

Riscos do Mercado de Opções

Além de estarem sujeitas aos riscos do mercado de ações, as opções apresentam também riscos específicos da sua natureza.

O risco de volatilidade é o principal risco do mercado de opções, uma vez que seus preços variam em função do ativo-objeto, as opções costumam apresentar volatilidade muito superior ao do seu ativo-objeto.

As opções apresentam também o risco em função do tempo. As opções são instrumentos extinguíveis que vencem após determinado prazo. Isso significa dizer que, antes do dia do vencimento, com o passar do tempo as opções perdem naturalmente seu valor em função do tempo.

Após o horário do dia do vencimento, as opções não-exercidas viram pó, e o investidor que possuía opções com algum valor financeiro, perde totalmente o valor investido, isso porque após este momento a opção perde totalmente sua utilidade.

Para mitigar estes tipos de risco, o investidor deve estar atento ao prazo de exercício das opções que possui, bem como horário para negociação no dia do vencimento. É importante também entender adequadamente a lógica de formação de preços de forma a equalizar a volatilidade das opções às estratégias montadas e ao seu próprio perfil de investidor.

Riscos dos Contratos Futuros

Os contratos futuros são instrumentos financeiros cujo preço está relacionado a um determinado ativo objeto, assim como as opções. Porém, diferentemente das opções, os contratos futuros são uma obrigação simétrica: o investidor honra o contrato futuro mesmo quando a posição é desfavorável ao investidor.

Para movimentar operações com contratos futuros, o investidor deposita apenas uma margem de garantia cujo valor é inferior ao valor real dos contratos que investe. Isso faz com que, em relação à margem depositada, o prejuízo potencial possa exceder o capital investido, ainda que com uma probabilidade muito baixa de ocorrência.

Os contratos futuros, por serem instrumentos derivativos, podem apresentar volatilidade superior aos ativos-objetos que representam. Isto pode fazer o investidor correr mais risco que o esperado em relação ao ativo-objeto.

Para mitigar estes tipos de risco, o investidor deve estar atento ao prazo de vencimento dos contratos futuros que possui, bem como horário para negociação no dia do vencimento. É importante também entender adequadamente a lógica de formação de preços de forma a equalizar a volatilidade dos contratos futuros às estratégias montadas e ao seu próprio perfil de investidor.

Riscos da Alavancagem

Uma operação alavancada é aquela em que o investidor movimenta montante financeiro superior ao seu patrimônio empenhado. Numa operação alavancada o lucro ou prejuízo potencial sejam proporcionalmente maiores do que sem a alavancagem.

As bolsas de valores e as corretoras participantes permitem aos investidores que executem em seus ambientes de negociação operações alavancadas, permitindo assim que os investidores aumentem sua exposição ao risco de variação dos preços dos ativos.

São exemplos de operações alavancadas as operações a termo, os contratos futuros e as operações que utilizam conta margem.

Para mitigar estes tipos de risco, o investidor deve avaliar a estratégia montada e adequar seus controles financeiros ao seu próprio perfil de investidor.

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